sábado, 1 de março de 2014

As três etapas da vida

Na vida, o homem passa por três etapas diferentes: a fase do instinto, a fase do intelecto e a fase do espírito.

Na primeira, está ainda preso ás suas deficiências de infância, aos seus defeitos de educação e sofre naturalmente as conseqüências – tensão emocional, temores injustificados, irritação e impaciência, tendência para a cólera fácil, conflitos mentais, complexos, atitudes intolerantes, etc. Nessa fase acredita que sua felicidade consiste exclusivamente na posse dos bens materiais, na fama, popularidade.




Na segunda fase, a do intelecto, preocupações de outra ordem começam a inquietá-lo. É quando sua inteligência se nega a continuar admitindo as coisas sem examinar, exigindo respostas a novas perguntas. E ele sofre. Já não lhe basta o êxito, a posse de coisas materiais, a fama, a popularidade que ele conquistou. Precisa mais, almeja conseguir algo que não sabe definir exatamente, se desesperando ao compreender que não avançou muito no caminho da vida feliz.

É quando então penetra na terceira fase, a espiritual, na qual sente o verdadeiro despertar da consciência, a percepção exata da realidade das coisas, a consciência plena de si mesmo. Então, é quando sobrevém a calma como a que nos países tropicais sucede depois de uma chuva torrencial, quando a natureza trabalha com tanta rapidez que pode-se ver a sua ação.

Uma calma semelhante se difunde sobre o seu espírito cansado e, no silêncio profundo, ele sente que, por fim, encontrou o verdadeiro caminho – a consciência do “EU”, a consciência de si mesmo.

A grande maioria das pessoas vive presa ainda à primeira fase, a do instinto, sujeita à reações infantis, à tendências infantis não corrigidas – tendência para a cólera fácil, impaciência, e irritação, tensão emocional, complexos, medo, conflitos mentais. Acredita que sua felicidade consiste na posse de bens materiais, fama, etc.

[Na fase do espírito] compreende então que o homem só é feliz quando se dispõe a servir aos demais, quando esquece de si mesmo para pensar no seu semelhante. É quando toma "Consciência da própria força" e se dispõe a "levantar alguém que tombou"; ajuda a carregar carregar fardos que se tornaram por demais pesados; passa a se interessar "pelos que se perderam e pelos que ainda não se encontraram".


---
A parte em [ ] é adição do redator

Nenhum comentário:

Postar um comentário